Império e Ilha apresentam fantasias e esperam brilhar em 2017
Apesar da fase difícil que vive, o Império Serrano é uma grande escola de samba e está lutando para retornar ao grupo principal. Dona de 9 títulos do carnaval, a Serrinha tem um trunfo este ano que é o belíssimo enredo sobre o poeta pantaneiro Manoel de Barros. A União da Ilha bateu na trave 2 vezes, mas nunca venceu o desfile principal, apesar de ser uma escola famosa. Ambas estão se armando para subir de patamar em 2017.
O Império Serrano perdeu para a própria Ilha o carnavalesco Severo Luzardo e apostou no jovem Marcus Ferreira que é o responsável pelo enredo “Meu Quintal É Maior Que O Mundo”. No início do mês, a escola apresentou os protótipos das fantasias para o carnaval 2017.
As alas da Serrinha virão em tons vivos e mais claros, uma alusão à natureza luminosa do Pantanal. Em grande parte dos figurinos, em vez de muitas plumas, materiais mais naturais, como a palha e a ráfia, que certamente reduzem o custo, mas produzem belo efeito. Vão desfilar sapos, tuiuius, peixes, tucanos… As baianas têm a roupa mais suntuosa, representando Nossa Senhora do Pantanal.
A preocupação com a ecologia não se restringe às fantasias. O carnavalesco iniciou uma campanha para o recolhimento de folhas secas de árvores para serem usadas nos carros alegóricos. O resultado dos protótipos recebeu dois elogios de peso. De Renato e Marcia Lage, que assinam o Salgueiro, e de Alexandre Louzada, responsável pelo carnaval da Mocidade.
Veja os protótipos das alas do Império
Outra escola que está cheia de esperança é a Ilha, que apresentou seus protótipos para o enredo “Nzara Ndembu – Glória ao senhor tempo” também no início do mês. A tricolor vem com fantasias volumosas, para produzir efeito, mas sem tolher muito os movimentos dos desfilantes. A escola vai falar da religiosidade africana com origem em Angola.
Há fantasias sobre os quatro elementos da natureza e várias divindades. A Bateria vem de Ogans, aqueles que seguram o ritmo.
Depois de acabar na penúltima posição em 2016, a Ilha resolveu se armar para brigar na parte de cima da tabela. Contratou o carnavalesco Severo Luzardo, novo casal de mestre-sala e porta-bandeira e promete alegorias bastante variadas. Segundo a diretoria, no barracão já estão decorando o segundo dos seis carros que irão para a Avenida.
A Ilha jamais venceu o carnaval carioca. Em 1977, com o enredo “Domingo”, a escola fez seu desfile mais forte. Dona de sambas muito conhecidos, como “É Hoje”(1982) e “O Amanhã” (1978), a tricolor também chegou perto em 1989 com “Festa Profana”. A década passada foi dura pra Ilha, que passeou pelo Grupo de Acesso, mas se firmou de novo no Especial no início desta.
Veja cenas do desfile de 2014, quando a escola terminou em 4º lugar falando do universo infantil.
Que as duas escolas façam bons desfiles!
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