Estácio e Viradouro mostram porque são escolas grandes
A primeira noite de desfiles da Série A provou que enredo e samba são elementos que garantem uma escola, mesmo quando o dinheiro falta. A maioria das escolas veio com soluções criativas. Viu-se pouca pluma. Mas a Estácio veio com pose de escola do Especial, grande, rica, com uma ala de baianas linda de chorar. Tomou conta da avenida com sua homenagem a Gonzaguinha. Alegorias e fantasias vistosas. O samba, no entanto, foi levado em tom mais acelerado e isso prejudicou um pouco a harmonia e pode custar pontos preciosos. Já a Viradouro, que também é uma escola enorme, fez uma apresentação quente e de muita comunicação com o público aproveitando a facilidade de leitura do seu universo infantil. Também criticado no pré-carnaval, o samba foi defendido de forma impressionante por Zé Paulo Sierra, vestido de Super-Homem. E isso pode fazer a diferença na hora dos envelopes.
Unidos do Viradouro – Tata Barreto | Riotur
Também há que se destacar o belo rendimento do samba da Império da Tijuca que teve um início de bastante impacto, mas sofreu com problemas de evolução mais pro final da avenida. A noite foi aberta pelo comovente samba da Sossego sobre Zezé Mota, que foi escondida no meio do último carro da escola, uma gafe dos carnavalescos. Alegria da Zona Sul fez uma homenagem correta a Beth Carvalho, Curicica foi a mais simples visualmente falando, mas os componentes cantaram seu samba e a bateria deu um show. Fechando a noite, a Santa Cruz falou sobre educação, literatura e também sofreu com problemas de evolução, correndo e embolando algumas vezes.
Império da Tijuca – Tata Barreto | Riotur
Por enquanto, os candidatos a subir são Estácio e Viradouro e, no quesito a quesito, com ligeira vantagem para o Leão.
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