Salgueiro faz melhor desfile e Beija-Flor surpreende

Beija-Flor (Fernando Grilli | Riotur)
 
A primeira noite de desfiles do Grupo Especial não teve um desfile categórico, de campeão absoluto. A apresentação mais equilibrada em termos de quesitos foi a do Salgueiro que abraçou o samba, evoluiu sem pressa, cantou e dançou. O ponto fraco fica por conta da irregularidade do conjunto alegórico. Mesmo assim já carimbou seu passaporte para as campeãs.

Salgueiro (Tata Barreto | Riotur)

Na disputa das escolas indígenas, a Imperatriz fez um ótimo desfile sobre o Xingu, cantou muito e teve pecados em evolução no final, além de uma bateria inpirada. Já a Beija-Flor que entrou com o dia amanhecendo testou uma experiência inovadora. A escola não estava separada por alas, mas por “atos” do enredo. Então, muitas fantasias se repetiram ao longo do desfile, o que causou estranheza. Precisamos ver como os jurados vão enxergar a inovação. O belo samba foi cantado com a competência de sempre e apoiado por uma bateria sensacional que empolgou os componentes, especialmente na primeira metade do desfile.

Imperatriz Leopoldinense (Fernando Grilli | Riotur)

A Grande Rio, como esperado, fez uma bela micareta no desfile em homenagem a Ivete Sangalo, presente na comissão de frente e na última alegoria. O samba não foi uma comoção e a escola foi recebida de forma discreta. Na abertura, o Tuiuti fazia um desfile colorido e muito interessante, inclusive com seu hino tão criticado rendendo na voz de Wantuir. Só que um acidente na manobra de um carro causou um acidente que deixou dezenas de feridos. Isso prejudicou a escola, que estourou o tempo e se torna séria candidata ao rebaixamento. Acompanhada de perto pela Vila que tinha um dos sambas do ano mas não evoluiu com a garra de sempre e teve o conjunto alegórico mais fraco da noite. Vamos ver o que nos aguarda a segunda-feira. Aparentemente, o tira-teima de Tijuca, Portela e Mangueira ganhou nova dimensão.

Grande Rio (Fat Press | Liesa)