Desafio dos ensaios técnicos do carnaval 2017 será evolução

 
Está se aproximando a temporada de ensaios técnicos. A partir deles, é possível ter uma ideia de quais escolas estão mais fortes para o desfile, quais sambas casaram melhor com a bateria, enfim, uma prévia do desfile sem carros alegóricos e fantasias. Esse ano, eles estão marcados para começar em 15 de janeiro e vão até uma semana antes do carnaval.

 
Durante muito tempo as pessoas se perguntavam como um desfile de escola de samba podia dar certo. Afinal, as pessoas só se encontravam todas, pra valer, na área de armação. E o desfile acontecia com maior ou menor sucesso.

 
É verdade que alguns componentes só aparecem no dia do desfile, mas sempre houve bastante ensaio e o processo se sofisticou através do tempo. Pelo menos uma vez por semana, as escolas fazem seus ensaios-show, realizados na quadra para arrecadar fundos para o desfile. São oportunidades do público e torcedores verem em ação a bateria, intérpretes, mestre-sala, porta-bandeira e baianas.

 
Dependendo da escola, os segmentos têm ensaios separados e um dia por semana há o ensaio de canto, para a comunidade aprender o samba. A bateria, por exemplo, vai se adaptando e criando os desenhos rítmicos de cada naipe de instrumentos além das “paradinhas”, acrobacias rítmicas que tanto encantam o público.

 
Antigamente, algumas escolas faziam ensaios de rua mais perto do carnaval para tentar organizar seus segmentos e reproduzir o esquema do desfile. Hoje, eles ainda existem, mas funcionam como aproximação da escola com o bairro.

 
Em 2001, a Mangueira fez uma solicitação à Riotur para simular o desfile na Passarela do Samba. A iniciativa deu certo e a partir de 2004 os ensaios técnicos se tornaram parte integrante do calendário carnavalesco. As escolas do Grupo Especial geralmente desfilam com as arquibancadas lotadas ou muito cheias.

 
Ensaio técnico da Mangueira em 2016:

 
Além de testar o rendimento de bateria e samba, o principal valor do ensaio técnico é avaliar a evolução da escola para que cumpra o tempo sem atropelos e possa treinar o momento mais complexo do desfile, quando a bateria sai do cortejo e entra no 2º boxe, entre os setores 9 e 11. Muitos carnavais já foram pro vinagre por erros nesta manobra.

 
Os ensaios técnicos melhoraram a performance das escolas no quesito evolução. Só que há um componente novo a ser testado para o carnaval 2017: o tempo de apresentação máximo de cada escola caiu de 82 para 75 minutos. Mesmo com um carro a menos para desfilar, estes 7 minutos podem fazer diferença, sobretudo para as escolas com mais componentes como Salgueiro, Mangueira e Portela.

 
Ensaio da Portela em 2015:

 
A festa dos ensaios hoje vale tanto para as escolas do Grupo Especial como as do Grupo de Acesso A. Veja o calendário completo.

 
Janeiro (se puder fazer uma arte, melhor)

Dia 15 (domingo)

19h – Império Serrano
20h – Paraíso do Tuiuti
21h30 – União da Ilha

Dia 22 (domingo)

19h – Estácio de Sá
20h – São Clemente
21h30 – Mocidade

Dia 28 (sábado)

19h – Sossego
20h – Rocinha
21h30 – Santa Cruz

Dia 29 (domingo)

19h – Império da Tijuca
20h – Beija-Flor
21h30 – Grande Rio

Fevereiro

Dia 4 (sábado)

19h – Curicica
20h – Alegria da Zona Sul
21h30 – Cubango

Dia 5 (domingo)

19h – Porto da Pedra
20h – Vila Isabel
21h30 – Salgueiro

Dia 11 (sábado)

19h30 – Inocentes de Belford Roxo
20h30 – Renascer
22h – Viradouro

Dia 12 (domingo)

20h30 – Portela
22h – Unidos da Tijuca

Dia 18 (sábado)

20h30 – Unidos de Padre Miguel
22h – Imperatriz

Dia 19 (domingo)

19h30 – teste som/luz
20h30 – Lavagem do Sambódromo
22h – Mangueira

11 de nov de 2016

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